Minha Primeira Mostra e os Bastidores que Ninguém Conta

19 de junho de 2025

Minha Primeira Mostra e os Bastidores que Ninguém Conta

Minha Primeira Mostra e os Bastidores que Ninguém Conta


Minha primeira participação em uma mostra de decoração foi muito mais do que um projeto — foi uma travessia.


Naquela época, estar entre os nomes selecionados exigia bem mais do que investimento: era preciso apresentar um portfólio sólido, referências e experiência.

E eu não tinha nada disso.


Poucos clientes, nenhum projeto de destaque, apenas desenhos feitos à mão em aquarela — cheios de vontade, coragem e alma.


Durante dois anos, fui recusada.

Diziam que ainda não era o momento.

Mas, no terceiro ano, insisti. Preparei um pequeno álbum com fotos simples, escrevi um texto sincero e enviei com o coração nas mãos.


Dessa vez, veio o sim.


A curadora enxergou algo além. Me ofereceu um dos ambientes entre os mais especiais da mostra e, nos bastidores, falou diretamente aos fornecedores: era para apostarem em mim ela garantia que, no futuro, eu seria uma profissional de destaque no design.


Foi esse voto de confiança que abriu caminhos.

Mesmo sem grandes recursos, recebi apoio de marcas importantes nacionais e internacionais, materiais, acabamentos e até um engenheiro que assumiu , a execução da obra.


Foi também naquele ano que conheci a arquiteta do ambiente vizinho ao meu. Renomada, respeitada e, para minha surpresa, a única a se aproximar de verdade.


Compartilhou contatos, fornecedores, me apresentava às pessoas, frequentava minha obra e me tratava como igual.

Hoje somos amigas de trabalho. E minha admiração por ela, como mulher e como profissional, permanece imensa.


No fim da mostra, estampei a minha primeira capa de revista e me tornei a participante mais jovem daquele ano.

Mas a história não terminou ali.


Meses depois, caminhando pela rua, uma capa exposta em uma banca de revistas chamou minha atenção.

Era o meu projeto. Ou quase.


Ao folhear, percebi que não se tratava de uma homenagem, nem de uma coincidência: era uma cópia quase literal, feita por uma profissional que sequer havia me cumprimentado nos bastidores da mostra.


Naquele momento, compreendi duas coisas:

Primeiro, que o meu trabalho havia deixado uma marca.

Segundo, que visibilidade mesmo quando silenciosa pode incomodar.


Mas nada disso me paralisou.

Pelo contrário.


Essa estreia me ensinou que, quando a coragem se junta ao talento e encontra apoio verdadeiro os sonhos ganham forma.

E, às vezes, incomodam tanto… que até viram capa.


My First Design Show — and the Behind-the-Scenes No One Talks About


My first participation in a design show was much more than a project — it was a rite of passage.


At that time, being selected among the featured names required more than just investment: it demanded a solid portfolio, strong references, and proven experience.

And I had none of that.


Just a handful of clients, no standout projects, and hand-drawn watercolor sketches — filled with soul, boldness, and hope.


For two years, I was rejected.

They said it wasn’t my time yet.

But on the third year, I insisted. I put together a small album with simple photos, wrote an honest letter, and sent it with my heart wide open.


This time, the answer was yes.


The curator saw something more. She offered me one of the show’s most special spaces and, behind the scenes, told the suppliers: “Support her — I guarantee that in the future, she will be a standout designer.”


That vote of confidence changed everything.


Even without major resources, I received support from important national and international brands — materials, finishes, and even an engineer who volunteered to lead the construction.


That was also the year I met the architect working in the space next to mine — renowned, respected, and, to my surprise, the only one who truly approached me.


She shared contacts, introduced me to suppliers and guests, visited my space regularly, and treated me as an equal.

Today, we are professional friends. And my admiration for her — as a woman and a designer — remains immense.


By the end of the show, I landed my first magazine cover and became the youngest participant that year.

But the story didn’t end there.


Months later, walking down the street, a cover displayed at a newsstand caught my eye.

It was my project. Or almost.


Flipping through the pages, I realized it wasn’t a tribute or a coincidence — it was a near-exact copy, created by a professional who hadn’t even greeted me backstage.


At that moment, I understood two things:

First, that my work had made an impression.

Second, that visibility — even silent — can be unsettling.


But none of that stopped me.

Quite the opposite.


That debut taught me that when courage meets talent and finds true support — dreams take shape.

And sometimes, they make such an impact… they end up on the cover.

Duas mulheres posando para uma foto em frente a um prédio amarelo

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